Comandante do CtecCFN da Marinha visita o IPTSP e CMBiotecs

Comandante do CtecCFN da Marinha visita o IPTSP e CMBiotecs

Em 12/07/22 10:30. Atualizada em 12/07/22 10:32.

Prospecção de parceria em desenvolvimento de projetos científicos foram discutidos durante o encontro

Texto e foto: Marina Sousa

 

Como resultado do desdobramento da assinatura do protocolo de intenções para pesquisas e desenvolvimento de inovações tecnológicas entre a Universidade Federal de Goiás (UFG) e o Centro Tecnológico do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil (CTecCFN), o Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), recebeu na última sexta-feira (8/7), o comando do CTecCFN,  no  Centro Multiusuário de Pesquisa de Bioinsumos e Tecnologias em Saúde (CMBiotecs) do instituto.

Comandante do CtecCFN da Marinha visita o IPTSP e CMBiotecs
Comitiva em visita ao CMBiotecs

 

 O destacamento foi composto  pelo capitão de Mar e Guerra (FN) Célio Litwak Nascimento do CTecCFN, pela capitã-tenente da Divisão de Gestão do Conhecimento, Carla da Silva Pinheiro e o primeiro-tenente da Célula de Inovação Tecnológica do CTecCFN, Luiz Fernando Cavalcanti Galvão. O diretor de Transferência e Inovação Tecnológica da PRPI, Marinaldo Ribeiro e o professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT/UFG), Solon Bevilacqua também participaram do encontro. A visita ao Centro foi guiada pela diretora do IPTSP, Flávia Aparecida de Oliveira em conjunto com o professor e coordenador da comissão de Pesquisa do instituto, André Kipnis e o técnico de laboratório do CMBiotecs, Lucas Barreto. 

 

A Diretora do IPTSP, Flávia Aparecida de Oliveira começou a visita explicando que o IPTSP e o CMBiotecs fazem parte de uma estrutura de grande excelência, não só da UFG, mas como também para toda a comunidade. “Somos muito reconhecidos pela nossa capacidade técnica e de pesquisa, nossos programas de pós-graduação são bem consolidados e temos grande interação com outras unidades acadêmicas da UFG, o que nos proporciona uma visão de áreas muito abrangentes. E queremos mais, nossos sonhos são grandes, visto que temos à disposição a nossa plataforma multiusuários, onde temos vários equipamentos, desenvolvimento de pesquisas, de kits, estudos com vacinas. Ou seja, o nosso potencial é muito grande e não queremos parar por aqui”, ressalta a diretora. 

Cepraco
Professora e coordenadora do CEPRACO, Lucimeire Antonelli explicando sobre o laboratório de produção de anticorpos

 

A visita ao CMBiotecs contemplou alguns laboratórios que o edifício abriga, como o  Centro de Produção de Anticorpos do Centro-Oeste (CEPRACO), Laboratório de Biologia Molecular; Laboratório de Preparo de Meios de Cultura e Reagentes; Laboratório de Bioquímica e o Laboratório de Desenvolvimento e Produção de Testes Rápidos, que faz parte do HUB de Inovação e Tecnologia que o Centro abriga em parceria com a MERCK, empresa alemã líder em ciência e tecnologia em Saúde. 

O coordenador de Pesquisa, André Kipnis explicou aos visitantes sobre a experiência de criação da comissão de pesquisa do instituto, visto que o IPTSP possui mais de cem docentes, e muitos trabalham em diferentes áreas e linhas de pesquisa. “Queremos nos estruturar cada vez mais, para também podermos participar de mais editais e angariar recursos para os projetos que são desenvolvidos aqui. A visita de vocês vem de encontro ao que buscamos para um centro multiusuários de pesquisa”, conta o professor Kipnis.

A assinatura dessa parceria  da UFG entre a Marinha, visa  desenvolver atividades voltadas para soluções tecnológicas onde a universidade receberá da Corporação propostas de problemas ou desafios enfrentados no emprego do Poder Naval que necessitem de soluções tecnológicas, particularmente de interesse do Corpo de Fuzileiros Navais. 

O capitão de Mar e Guerra (FN), Célio Litwak Nascimento, disse durante o encontro que a academia tem melhores condições de até mesmo propor ideias à soluções que a Marinha, por exemplo, não tem, visto que a universidade abriga um corpo docente diversificado e inúmeras pesquisas. Litwak explicou sobre o plano Estratégico da Marinha (PEM), que é estruturado a partir da análise do ambiente operacional e da identificação de ameaças -  e conhecer o Centro mostrou a capacidade do espaço para o desenvolvimento de soluções  capaz de contribuir para a defesa da Pátria e salvaguarda dos interesses nacionais e que futuramente poderá fazer parte de um portfólio de projetos científicos e tecnológicos da Marinha.

CtecCFN da Marinha no IPTSP
Acima, professor André Kipnis explicando sobre as futuras instalações do NB3 e abaixo, a diretora do IPTSP, Flávia Aparecida falando da importância do Centro

 

“Precisamos estar  prontos para reagir diante de ameaças ou ataques de natureza nuclear, química, biológica e radiológicas. Nossa grande preocupação são os agentes químicos biológicos que podem afetar a saúde não só dos militares, em eventual ataque em campos de batalha, mas como também, em situações do nosso cotidiano, como agora, com a questão da pandemia da Covid-19. De forma bem definida, podemos ver aqui estudos sobre doenças infecciosas e parasitárias, o que pode nos auxiliar e muito na avaliação e estratégia das nossas ações”, pontuou o capitão.

Flávia Aparecida ressaltou que a visita ao IPTSP foi extremamente estratégica. “Nós temos estudos sobre microrganismos, agentes infecciosos, parasitários, sobre sua forma e caracterização (...) do ponto de vista tecnológico e patológico, e até a possibilidade de integração das áreas clínicas da saúde coletiva, sem falar da potencialidade do nosso curso de biotecnologia, então ter a visita do comando foi muito importante e pode resultar em medidas interessantes”. 

Matheus Bernardes Torres Fogaça, no Laboratório de Desenvolvimento e Produção de Testes Rápidos (LDPTR)
Doutorando, Matheus Bernardes Torres Fogaça, recepciona a comitiva no Laboratório de Desenvolvimento e Produção de Testes Rápidos (LDPTR)

 

O tour ao CMBiotecs foi concluído com a apresentação do doutorando em Medicina Tropical e Saúde Pública do IPTSP, Matheus Bernardes Torres Fogaça, no Laboratório de Desenvolvimento e Produção de Testes Rápidos (LDPTR), onde ele demonstrou como funciona o teste rápido de hanseníase, desenvolvido  pela professora e pesquisadora do IPTSP, Samira Bührer. A tecnologia, inclusive, já está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: Comissão de Comunicação do IPTSP

Categorias: Notícias CMBiotecs